Uma Missão de avaliação de meio termo do Projecto de Ligações Económicas para Diversificação (CONECTA NEGÓCIOS) financiado pelo Banco Mundial, teve lugar de 17 a 20 de Fevereiro com objectivo de analisar o grau de execucação do Projecto e redimensionar as medidas de política com base na actual situação macroeconómica do país.
Num encontro com a Ministra das Finanças, Laurent Corthay, o Chefe da Missão fez saber que foram constatados progressos na implementação do Projecto, não obstante o rácio de desembolso prevalecer em cerca de 23%, contudo perspectiva-se que 2025 seja um ano encorajador na execucação das actividades, disse.
O Projecto que visa reforçar o desempenho das MPME´s através das ligações económicas prevê executar um total de 30 milhões de USD em 2025 cobrindo as componentes de Capacitação Institucional, Plataformas digitais e fisicas para ligações económicas e Promoção da capacidade, qualidade, financiamento e acesso aos mercados das MPME´s.
Olhando para situação macroecónomica actual foram apresentadas novas inicitivas para apoiar a recuperação económica das empresas e para criação de empregos por via de dois instrumentos: Fundo de Recuperação Económica e Criação de Emprego, uma Janela de financiamento proveniente do Fundo Catalítico do Projecto CONECTA (FCID) para apoiar as MPEM´s que foram afectados pelos choques climáticos e manifestações violentas pós eleitorais nas províncias onde o Projecto está a ser implementado; e um Programa de Linha de Crédito no âmbito de Fundo de Garantia Mutuária.
Carla Loveira saudando a continuidade do proejcto que se extende até Setembro de 2027, fez notar que o Projecto CONECTA está alinhado com as perspectivas do novo Governo em particular com foco na criação de emprego, ênfase no conteúdo local e nas reformas do ambiente de negócios, bem como nas novas iniciativas para recuperação das MPME´s. O Governo está a trabalhar para flexibilizar os processos de aquisição, supervisão rigorosa dos contratos em exexcução para evitar atrasos em coordenação com Gabinete de Reformas e Projectos Estratégicos, disse a Ministra das Finanças.
Num montante global de 10 mil milhões de meticais, o valor está disponível para financiar a tesouraria e o investimento, impulsionando a recuperação económica e garantido a sustentabilidade das Empresas com taxas de juros bonificadas, isenta de comissões, e disponível até 30 de Setembro de 2025.
O anúncio foi feito pela Ministra das Finanças, Carla Loveira durante o lançamento das medidas financeiras que visam a recuperação da actividade económica a nível nacional.
Para a titular das finanças, à par destas medidas de curto prazo, o Governo, continua a trabalhar no desenho de soluções mais estruturantes de médio prazo como é o caso do Fundo de Garantia Mutuária para criar estímulos à economia moçambicana.
É neste contexto, que o Governo de Moçambique liderado por Sua Excelência, o Presidente da República, Daniel Chapo convidou o sector bancário para ser parte da solução que rapidamente respondeu com medidas imediatas que acreditamos que vão contribuir para a recuperação da economia. Nestes termos, saudamos a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) por disponibilizar soluções financeiras de apoio à Tesouraria e Investimento das Micro, Pequenas, e Médias Empresas.
Loveira afirmou que nos últimos 3 meses do ano de 2024 o país foi assolado por uma onda de manifestações violentas que culminam com a destruição de infraestruturas públicas e privadas, estabelecimentos comerciais, grandes, médios e pequenos negócios, afectando sobremaneira o tecido social e produtivo da economia, tendo resultado numa variação negativa do Produto Interno Bruto na ordem de 4.9%.
Dados do IV Trimestre de 2024 mostram que todos os sectores foram afectados sendo em primeiro lugar, o sector secundário com uma variação negativa de 8.9% com maior destaque para o ramo da Indústria Manufactureira com variação de menos 11%, como resultado da vandalização de 19 fabricas e indústrias. Ocupa a segunda posição, o sector primário com variação negativa de 4.8%, com destaque para o ramo da Indústria de Extração Mineira com variação de menos 10.1%. Por último, temos o sector terciário que registou uma variação negativa de 3.8% induzido pelo ramo de Hotéis e Restaurantes com variação de menos 14.7%, seguido pelo ramo de Comércio e Serviços de Reparação com variação de menos 10.6%, como resultado da destruição de 23 armazéns comerciais, e 1677 estabelecimentos comercias.
A dirigente considera que estas acções violentas contra activos públicos e privados impactou negativamente na taxa de crescimento económico, tendo se situado em 1.9% contra os 5.5% que tinham sido programados para 2024 e 5.4% observado em 2023. Esta tendência foi igualmente agravado pelo impacto dos choques climáticos, com destaque para a Tempestade Tropical Severa FILIPO, causando chuvas intensas, cheias e inundações em algumas cidades e vilas (na zona sul), bem como pelos efeitos do fenómeno El Nino afectando o sector produtivo em algumas regiões do país.
Por seu turno, o Presidente da AMB, Teotónio Comiche comunicou que as soluções financeiras de apoio à tesouraria e ao investimento já estão disponíveis nos Bancos Comerciais em todo o País. Para mitigar os impactos das manifestações, as empresas podem solicitar a reestruturação dos seus empréstimos, garantindo maior flexibilidade financeira a partir de 1 de Março a 30 de Setembro de 2025, o valor está disponível para micro, Pequenas, Médias (MPME) e Grandes Empresas a um processo simplificado mediante a solicitação do cliente.
Priorizar Pequenos Agricultores é Essencial para Melhorar a Produção e Reduzir a Pobreza- Salim Valá
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, durante o lançamneto do Relatório sobre o Desenvolvimento Agrário em Moçambique 2002-2020, Tendências, Desafios e Oportunidades.
O relatório baseia-se num conjunto novo de microdados harmonizados de 11 (onze) inquéritos agrícolas realizados entre 2002 e 2020 pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER). Essa base de dados compila informações detalhadas sobre a produção, preferências e estratégias dos agricultores de pequena escala, e permite, pela primeira vez, uma avaliação consistente das dinâmicas agrícolas no país e, também constitui uma inovação significativa.
O novo conjunto de dados harmonizados é o único e pela primeira vez fornece uma compreensão granular coerente dos pequenos agricultores, das suas condições de vida e de trabalho, bem como do desempenho da produção desde o início do século.
Os dados subjacentes incluem não só as séries mais recentes dos inquéritos agrícolas do MADER (Inquérito Agrícola Integrado, IAI), mas também os micro-dados mais antigos (Trabalho de Inquérito Agrícola, TIA). No seu conjunto, estes abrangem inquéritos concluidos em 2002, 2003, 2005, 2006, 2007, 2008, 2012, 2014, 2015, 2017 e 2020.
Para Salim Valá, o relatório é relevante pois vai possibilitar fazer o desenho de políticas públicas eficazes para o sector agrário em Moçambique. “É importante que as instituições vitais, como a agricultura, as associações de produtores, as instituições que financiam os agricultores e em toda a sua cadeia de valor, possam ter essa evidência científica, isso vai ajudar a desenvolver boas políticas e boas estratégias”.
Actualmente o sector é a fonte principal para mais de 70% da população moçambicana, também contribui para o PIB em 23%. Apesar disso, Valá considera que a produtividade agrícola, especialmente na agricultura de pequena escala, é inferior a de países vizinhos. A baixa produtividade de agricultura em Moçambique contribui para a persistência da pobreza principalmente nas famílias que dependem da agricultura para a sua subsistência. Por isso, é relevante priorizar os pequenos agricultores, que representam a maior parte do sector de agricultura em Moçambique, ainda dominado pela agricultura de pequena escala. Optar por políticas que priorizam pequenos agricultores é essencial para melhorar a produção, aumentar a contribuição do sector Agrícola ao PIB e reduzir a pobreza, disse.
Outrossim, o titular da planificação e desenvolvimento sublinhou que é pertinente ter políticas estáveis e baseadas em evidências de modo a ter–se capacidade de analisar as forças e fraquezas do sector Agrícola em Moçambique.
Desta forma, a utilização de evidências não é apenas necessária mas essencial para fundamentar a tomada de decisões informadas e promover um desenvolvimento sustentável no sector. Por isso, estou feliz porque vejo a presença da Presidente do INE, pois esta instituição tem a responsabilidade de trazer ao consumo público dados fiáveis e concretos de modos a que possamos trazer soluções na base de evidências. Também vejo a UEM, é fundamental trazer dados científicos na base de investigação permanente. Insto a todos para continuarmos com esta jornada colaborativa de modo a suplantar alguns desafios que minam a nossa agricultura, sublinhou Valá.
Para o professor e consultor da Universidade de Copenhaga, Finn Tarp, presente no acto, o relatório, dá maior enfoque ao desempenho dos pequenos agricultores nas últimas duas décadas, analisando suas condições de vida e de trabalho e consequentemente o desempenho produtivo desde o início do século, traçando um caminho histórico dos conflitos no país para explicar os condicionalismos subjacentes à transformação do sector agrário.
A Chefe Adjunta da Missão dos Parceiros do Programa Inclusivo em Moçambique (IGM) Noora Rikalainen, intervindo na ocasião, afimrou que o relatório lançado apresenta as conclusões do inquérito de 2023 sobre o desenvolvimento Agrícola em Moçambique implementado no âmbito do Programa IGM. O documento conclui que a agricultura continua a estar no centro da trajectória de desenvolvimento de Moçambique, por isso, saudamos o novo Governo reafirmando a nossa contínua parceria neste sector.
Refira-se que o programa IGM é uma iniciativa de investigação e desenvolvimento de capacidades, implementada em parceria entre a Direcção Nacional de Políticas Económicas e de Desenvolvimento (DNPED) do Ministério da Planificação e Desenvolvimento, pelo Centro de Estudos de Economia e Gestão (CEEG) da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), com apoio técnico do Grupo de Investigação em Economia do Desenvolvimento da Universidade de Copenhaga (UCPH-DERG) e do Instituto Mundial para a Investigação em Economia do Desenvolvimento das Nações Unidas (UNU-WIDER). Os Governos da Finlândia e Noruega, a Agência Suíça de Cooperação para o Desenvolvimento fornecem apoio financeiro que é reconhecido pelo Governo de Moçambique com gratidão.
A informação foi avançada hoje, em Maputo durante a reunião que a Ministra das Finanças Carla Loveira manteve com a Directora Regional para África Austral, Cláudia Conceição.
O encontro tinha como agenda a análise do envolvimento da Corporação Financeira Internacional (IFC) no âmbito da sua estratégia de actuação em Moçambique, e do alinhamento do seu programa ao novo Ciclo de Governação 2025-2029, bem como explorar novas áreas de apoio e financiamento.
Claudia Conceição fez referência as áreas de actuação do IFC com particular destaque para projectos estruturantes e rentáveis por via de financiamento em participação de capital posteriormente repassado ao Estado Moçambicano; Apoio a processos de privatização; estruturação de Parceirias Público Privadas; bem como ao reinforço da infraestrutura financeira e ecossistemas de digitalização e inclusão financeira.
Moçambique é considerado o "País prioritário", ou seja o primeiro entre os Focus Countries e a aposta da IFC no pais é investir nas áreas prioritárias, disse.
A Ministra das Finanças saudou o apoio que a IFC tem concedido ao Governo nas áreas mais sensíveis ligadas ao Sector Privado, Apoio as Pequenas e Medias Empresas, bem como em projectos estruturantes na área de infraestruturas e energia incluindo a sua Participação de 5% no Projecto de Construção da Barragem de Mphanda Nkuwa, futuramente repassada ao Governo.
A titular das finanças reitorou o compromisso do novo Governo em continuar a trabalhar com os parceiros tradicionais como a IFC com vista a implementar reformas para o crescimento inclusivo e o alcance da estabilidade económica num contexto de muitos desafios resulantes das convulsões sociais.
Convidamos a IFC a apostar com maior visibilidade na reestruturação do sector financeiro, no que concerne a redimensionamento dos diferentes Fundos Publicos existentes e ainda os que se predendem criar para facilitar o acesso ao crédito e na redução do risco bem assim no Projecto sobre a criação do Banco de Desenvolvimento. A Dirigente convidou ainda o IFC a apoiar o Governo na dinimazação de Mercado Secundário de Capitais.
Por seu turno, a Directora Regional reiteirou o compromisso em trabalhar com a nova gorvenação tendo sublinhado as areas mencionadas pela Ministra como aquelas que vão de encontro ao Programa do IFC.
Até 31 de Dezembro de 2024, a IFC contava com um portifólio total de investimento em Moçambique no valor de USD 180,400,000.0, beneficiando as áreas financeiras de infraestruturas do sector de energia, manufactura, agricultura e serviços. Ademais, para área de assistência técncica, a IFC já financiou projectos no montante de USD 10,300,000.0, para área de agricultura, transporte, electricidade, financeiro e seguros.
Refira-se que a IFC concede financiamento até ao máximo de 25% do valor total de um determinado projecto.
O Governo de Moçambique e o Governo da República Federal da Alemanha assinaram esta manhã, em Maputo, um acordo de Subvenção para o apoio financeiro para o Projecto de Donativo para Plantas Mini-Hídricas de Lichinga e Cuamba, na Província do Niassa.
Pretende-se com o presente acordo de subvenção no montante de EUR 17,000,000.0 (Dezassete milhões de Euros) pelo KfW, reabilitar o local multi-tecnológico para energias renováveis (plantas mini-hídricas) através da Electricidade de Moçambique (EDM), entidade beneficiária, agência executora do projecto.
De acordo com o Secretário Permanente do Ministério das Finanças, em representação da Ministra das Finanças, a mobilização do financiamento para a materialização da reabilitação e expansão das plantas mini-hidricas na província do Niassa irá seguramente contribuir no melhoramento de serviços de actividades económicas pelos operadores locais, bem como o acesso à energias alternativas às populações locais no âmbito dos pilares da transformação estrutural da economia, transformação social e demográfica e da governação.
Em nome do Governo da República de Moçambique, endereçamos os nossos agradecimentos ao Governo alemão pela prontidão e consistência nas alocações financeiras e assistência técnica na construção e reabilitação de estradas, mercados, edifícios administrativos, protecção contra os efeitos das alterações climáticas, e com maior destaque para a electrificação do País, anotou Domingos Lambo.
Por seu turno, o Embaixador da República da Alemanha em Moçambique, Ronald Münch destacou que o Projecto Multi-Tecnológico de energias renováveis em Cuamba e Lichinga moderniza as centrais hidroelétricas existentes e fornece a capacidade adicional de geração de energia solar fotovoltaica, faz uso de energia renováveis disponíveis localmente e amigas do clima em Moçambique. Assim, melhora o fornecimento de energia à população da província do Niassa, especialmente nas cidades de Cuamba e Lichinga. Ė para mim uma grande honra testemunhar a assinatura deste acordo de financiamento para apoiar a reabilitação e aumento da capacidade das centrais hidroelétricas de Cuamba e Lichinga, as duas únicas centrais hidroelétricas da EDM no norte do País.
Munch anotou ainda que a cooperação alemã para o desenvolvimento está a financiar o projecto com um donativo de 17 milhões de euros, além disso, o projecto é classificado como Projecto Emblemático da Iniciativa Global Gateway 2025 da União Europeia (UE). O Global Gateway é um esforço conjunto da UE e dos Estados Membros, como a Alemanha , para apoiar importantes projectos de infraestruturas para o desenvolvimento, em países como Moçambique.
Com uma carteira de 274 milhões de euros, a Alemanha está entre os três principais parceiros de cooperação no sector energético em Moçambique. Partilhamos uma cooperação fiável e frutífera com a EDM há muitos anos, sublinhou o governante.
No mesmo diapasão, na qualidade de gestor do projecto o Presidente do Conselho da Administração da EDM, Joaquim Ou-chim, sublinhou que a EDM, como agência de implementação, reconhece a relevância e impacto do apoio do Governo alemão na electrificação do País, resultante dos continuados esforços para a mobilização de fundos por parte do Governo de Moçambique, através dos Ministérios das Finanças e o dos Recursos Minerais e Energia.
Para o PCA, as Mini-Hídricas de Cuamba e Lichinga, comissionadas e em operação desde a década 80, têm as suas componentes principais degradadas e, por isso, produzem energia muito abaixo de sua capacidade instalada, limitando a rápida expansão e fornecimento de energia eléctrica à população daquelas regiões. Assim, com este financiamento, a reabilitação e modernização daquelas infra-estruturas, irão incrementar a produção de energia dos actuais 3000 para 3900 MegaWatts/hora (MWh), por ano. Outrossim, a intervenção nas Mini-hídricas contribuirá para a estabilidade do sistema elétrico, em particular na Província do Niassa, tendo em conta que a Região Norte depende apenas de uma e única Linha de Transporte de Energia, proveniente da Subestação de Matambo, em Tete. Esta Linha de Transporte de Energia é muito extensa, sendo que, em caso de qualquer indisponibilidade, toda a Província de Niassa poderia registar limitação do fornecimento de energia eléctrica às populações.
Reafirmamos o nosso compromisso, diante do Governo e dos parceiros de cooperação, em continuar a expandir a Rede Eléctrica Nacional para todos os cantos de Moçambique, em particular para as nas zonas rurais e peri-urbanas, visando alcançar o Acesso Universal à Energia, até 2030.
Com objectivo de fortalecer a pareceria entre a Vulcan Mozambique e o Governo de Moçambique, Carla Loveira, manteve um encontro de cortesia com o Chief Executive Officer (CEO) da Vulcan, Dr Mukesh Kumar e o Director Executivo, o senhor Anoop Kumar, de quem recebeu as felicitações pela nomeação.
Num encontro que contou com a presença de funcionários das finanças e da Vulcan, foram temas de debate assuntos relacionados à instituição mineira global fortemente comprometida com a sustentabilidade e bem-estar da comunidade de Cateme-Moatize. O CEO da Vulcan enfatizou sobre a não paralisação das actividades mineradora não obstante os danos causados pelas manifestações pós-eleitorais e pela manutenção de força laboral cuja maior parte é moçambicana.
O Senhor kumar partilhou como perspectivas para os próximos anos os investimentos em torno de 1 bilião de USD que a Vulcan pretende realizar nos próximos anos na área de sustentabilidade ambiental, reciclagem de resíduos de mineração e a sua transformação e energias renováveis.
Na ocasião, a Ministra saudou a intenção dos dirigentes tendo sublinhado que o Governo está pronto para cooperar com a instituição. Estamos orgulhosos em receber a V.excia para darmos continuidade aos trabalhos que vinham desempenhando olhando agora com mais afinco para as questões de sustentabilidade ambiental. Há necessidade de documentar todo o processo de forma a seguir cuidadosamente com os passos subsequentes, elucidou.
Os investimentos realizados pela Vulcan Mozambique estão na ordem dos 2.5 mil milhões de USD.
Moçambique acaba de alcançar um perdão em 80% do total da da sua dívida junto à República do Iraque. Os restantes 20% foram reprogramados por um período de 15 anos precedidos por um período de graça de 4 anos (período de 2029-2043).
A dívida foi contraída no quadro da longa e histórica cooperação mútua nos anos 1979 e 1980 no valor total de 60.257.715,48 de dólares americanos, visando o fornecimento de petróleo.
Entretanto, tendo em conta as dificuldades que o país tem enfrentado com impacto negativo na economia e, que condicionam o cumprimento das suas obrigações de lá para cá, a dívida junto a este credor contabilizou em cerca de 320.163.570,04 milhões de dólares americanos.
Com este alivio, significa que Moçambique fica perdoado em 256,130,856.04 dolares americanos. As negociações que culminaram com o alivio da divida de Moçambique junto a Iraque decorreram no período de 02 a 06 de Fevereiro de 2025, em Abhu Dhabi, Emirados Arabes Unidos.
Da Parte Moçambicana integraram a delegação às negociações Quadros Seniores do Ministério das Finanças, e o Conselheiro Económico e Comercial de Moçambique em Portugal e Espanha. Da Parte Iraquiana Integraram a delegação Quadros do Ministério das Finança, dos Negócios Estrangeiros e do Banco Central.
A Ministra das Finanças Carla Louveira, recebeu hoje dia 21 de Janeiro do Ex-Ministro da Economia e Finanças Adriano Maleiane, as pastas da área das finanças onde recentemente foi nomeada para dirigir.
No discurso da entrega de pastas, Maleiane disse que este momento é importante porque a nossa Vice-Ministra foi promovida para liderar os destinos das Finanças do país. " Estamos num momento diferente no país mas, sei que vai tomar a direcção certa e eu estarei do outro lado contribuindo para o crescimento da nossa Economia", frisou.
A Ministra da Finanças Carla Louveira, agradeceu ao Ministro cessante pelo apoio na missão incumbida e reconheceu o valor dos quadros do Ministério. “ Trabalhar com o Ministro da Economia e Finanças e depois 1˚ Ministro, foi uma elevada honra e, pedimos o apoio dele mesmo estando fora do Governo”, Disse.
Na ocasião, o Secretário Permanente, Domingos Lambo, fez a entrega de pastas do Ministério, afirmando que convocou o Consultivo do Ministro, alargado aos Directores Adjuntos e Chefes de Departamentos Autónomo para testemunhar a cerimónia de apresentação e entrega de pastas.
Em nome dos funcionários do Nivel Central e Provincial, agredeceu aos ensinamentos dado pelo Ex-Ministro e que os desafios do Ministério continuam em prol do desenvolvimento do país.
Técnicos de várias áreas do Ministério, participaram de 13 a 17 de Janeiro na Ponta de Ouro- Província de Maputo, no workshop sobre salvaguardas ambientais e sociais e o mecanismo de gestão de queixas e reclamações (MGQR).
O evento organizado pelo Projecto de Gestão de Recursos Públicos para Prestação de Serviços (GEPRES), tinha como objectivo munir os pontos focais de ferramentas sobre a recolha e gestão de queixas e reclamações.
No discurso da abertura, Rebeca Melo, especialista em comunicação e afecta ao GEPRES, disse que o MGQR foi criado para responder a perguntas, esclarecer questões, e resolver problemas sobre a implementação e reclamações de indivíduos ou grupos interessados e afectados pelas actividades do projecto.
Melo, ressaltou a importância do evento para o fortalecimento do compromisso da organização com a sociedade. Acreditamos que a promoção de práticas sustentáveis, seguros e saudáveis no ambiente de trabalho, é fundamental para garantir um futuro melhor para as próximas gerações, salientou.
O Especialista em salvaguardas ambientais, António dos Santos, falou da necessidade do envolvimento de todos beneficiários do projecto, na apresentação de queixas e reclamações com objectivo de ver suas actividades financiadas e obter resposta para melhoria na sua implementação.
Falou ainda do estabelecimento de uma base de dados sólido para a implementação do projecto e garantir a participação activa de todas as partes.
O evento proporcionou uma visão mais ampla dos desafios e oportunidades na área de salvaguardas.
O Ministério da Economia e Finanças, (MEF) através do Gabinete de Gestão de Activos (GGA) procede hoje, 02 de Dezembro de 2024, na cidade de Maputo à venda em hasta pública por meio de leilão de bens públicos apreendidos nos últimos anos e que contam com um desconto de 30 por cento do valor de avaliação.
Este evento decorre no auditório “B” do edifício do MEF, na Avenida Julius Nyerere e visa a alienação de bens confiscados ao abrigo do Regime Jurídico Especial de Perda Alargada de Bens e Recuperação de Activos, conforme estipulado na Lei n.º 13/2020 e no Regulamento de Gestão de Activos.
Trata-se do terceiro evento a decorrer este ano onde vários bens estão disponíveis com destaque para 49 viaturas das mais variadas marcas e cilindrada, nove tractores, mobiliário de habitação, postos de transformação de energia electrica, contentores, atrelados, maquinas pesadas e bicicletas profissionais.
Com esta iniciativa, o Governo pretende aumentar a transparência e a eficiência na gestão dos bens recuperados, promovendo a sua venda pública para fortalecer as Finanças Públicas e contribuir para o combate ao crime económico. O processo de venda está sendo conduzido através de lances verbais, bem como propostas apresentadas em carta fechada, permitindo uma disputa entre os interessados para aquisição dos referidos bens.
Refira-se que foi divulgado um edital pelo GGA, no qual está patente que os participantes interessados devem cumprir determinados requisitos, com destaque para a apresentação de documentos como o Bilhete de Identidade ou o Documento de Identificação e Residência para Estrangeiros (DIRE). No caso de pessoas colectivas, é obrigatório apresentar a certidão de registo comercial e o Número Único de Identificação Tributária (NUIT).
O processo de adjudicação será realizado durante uma sessão pública, onde os concorrentes poderão apresentar lances verbais para garantir a compra do bem pretendido. Os bens serão atribuídos a quem apresentar a proposta mais elevada. Os vencedores poderão optar por liquidar o montante total do bem arrematado ou, alternativamente, efectuar o pagamento de 10% como sinal, comprometendo-se a pagar o valor remanescente num prazo máximo de 15 dias após a adjudicação.